Cucu! Estou de volta... E aqui fica mais um bocadinho...
Continuação...
Leonor arqueou a sobrancelha...
- Olha que lindas... São para ti e trazem cartão e tudo. Vá vê lá de quem são. Aposto que são do Raúl. Disse Clara toda entusiasmada. Leonor olhou as flores e cheirou-as, era um ramo de orquídias e rosas brancas. Abriu opequeno envelope e leu.
"Perdoa-me a indelicadeza da noite passada. Quero começar tudo de novo. Aceitas jantar comigo esta noite, para podermos conversar?
Um beijo doce.
Afonso"
-Enganas-te! São do Afonso!
- Oh! Que querido! Então vais jantar com ele?
- Acho que sim. Tenho que pôr os pontos nos i's. Ele tem que perceber que entre nós os dois nunca vamos ter nada.
*
Leonor vestiu um vestido longo preto que a fazia parecer ainda mais alta. O cabelo apanhado, deixava surgir as suas costas desnuadas...
- Eh lá! Estás toda gira! Comentou Clara.
- Queres o quê?! Ele disse que me ia levar a um sítio especial... Não quero fazer figuras tristes...
Bateram à porta. Leonor abriu,
- Olá boa noite! Bem, Leonor, estás deslumbrante. Disse Afonso sem conseguir tirar os olhos dela.
- Tu também não estás nada mal com esse laçarote. Fica-te a matar - Riu-se.
- Oh! Não sejas assim... Prometo que não te vais arrepender.
Sairam de táxi e ainda percorreram uns 4 Km. Depois o táxi parou em frente a um Hotel de 5 estrelas que tinha uma fachada imponente. Duas esfinges a ladear a entrada e a entrada era uma pirâmide em ponto pequeno.
- Bem, este Hotel é lindo! Disse Leonor.
quando entraram lá dentro, parecia que tinham viajado no tempo. Todos os funcionários estavam vestidos com os trajes tradicionaise a decoração do Hotel era a recriação do interior das pirâmides, com as suas pinturas e baixos-relevos, mas muito maior. As salas eram gigantescas e o luxo imperava. Afonso conduziu-a ao Restaurante e pediu o jantar.
- Desde quando é que conheces isto?
- Oh! Já aqui passei férias com os meus pais. Este hotel é fantástico. MAs a faculdade não devia ter dinheiro para tanto. Comentou rindo-se.
Leonor sentia-se uma princesa. O jantar decorreu muito animado e com conversas triviais. Quando veio a sobremesa, Afonso começou:
- Leonor! Queria pedir-te desculpas pela outra noite. Fui muito rude e indelicado. Não te devia ter forçado a nada! MAs quero que entendas que os meus sentimentos por ti são veradeiros. eu estou realmente apaixonado por ti.
Leonor sorriu embaraçada e corou ligeiramente.
- Oh! Afonso, eu sinto-me lisonjeada com esse teu sentimento e com as tuas palavras. agradeço o teu esforço e delicadeza. O jantar estava excelente, o restaurante nem se fala. As flores eram lindas, mas eu já te disse que entre nós nunca haverá nada. O que eu sinto por ti é apenas uma grande amizade...
Afonso sorriu amargamente e deu a mão a Leonor. Eu já sabia de tudo isso, mas tinha esperança que estes meus pequenos gestos incendiassem uma centelha de dúvida nessas tuas certezas. Levantou-se e deu-lhe um beijo na face. Leonor sorriu e baixou os olhos. Quando voltou a levantar a cabeça, tinha dois olhos verdes crispados nela. O semblante daquele homem era carregado.
- Raúl! Que fazes aqui?!
- Eu estou aqui hospedado. Já vi que estásmuito bem acompanhada. Adeus!
Leonor ficou especada no meio do restaurante. Não queria acreditar que eleestava a ser tão antipático com ela. Afinal ela é que tinha razões para estar chateada...
A noite prosseguiu sem incidentes. Mas Leonor não conseguia deixar de pensar no Raúl. A dureza e arrogância das suas palavras tinham-na deixado desconcertada.
Continua...